Escola Municipal Getúlio Vargas

Escola Municipal Getúlio Vargas

segunda-feira, 29 de junho de 2015

Há 80 anos...


Na semana que antecede ao 80º aniversário da Escola Municipal Getúlio Vargas, o nosso blog vai publicar pequenas matérias sobre eventos acontecidos, no Brasil e no mundo, no ano de 1935.  
 
As pesquisas e textos foram produzidos pelo CMEMGV – Centro de Memória da Escola Municipal Getúlio Vargas.

O texto de hoje trata da revolta comunista que sacudiu o Brasil, e principalmente o Rio de Janeiro, em novembro de 1935, poucos meses após a inauguração de nossa escola.

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A revolta comunista de 1935

Em março de 1935, foi criada no Brasil a Aliança Nacional Libertadora (ANL), organização política que tinha como presidente de honra o líder comunista Luís Carlos Prestes. Tendo como inspiração as frentes populares surgidas na Europa para combater o crescimento do nazi-fascismo, a ANL tinha propostas nacionalistas e defendia a reforma agrária.

Liderada pelos comunistas, a ANL agregou pessoas de diversos setores da sociedade, como militares, católicos, profissionais liberais, por exemplo, insatisfeitos com os rumos do processo político aberto em 1930, quando Getúlio Vargas assumiu a presidência da República.

Em julho, diante do expressivo crescimento no número de seus militantes, a ANL foi posta na ilegalidade. Apesar disso, a mobilização não cessou, com a realização de reuniões e a publicação de boletins que atacavam o governo, e, em agosto, a organização iniciou os preparativos para um movimento armado para derrubar do poder Vargas e colocar em seu lugar Luis Carlos Prestes. Pensado para ser iniciado com levantes militares, o movimento deveria contar com o apoio dos operários, que dariam início à greves em todo o Brasil.
 
O primeiro levante militar ocorreu no dia 23 de novembro, em Natal, no Rio Grande do Norte. Na sequência, movimentos semelhantes ocorreram no Recife e no Rio de Janeiro, que, na época, era a capital do país. No entanto, os levantes militares ficaram restritos a essas cidades, e a desejada adesão do operariado não ocorreu. A rebelião foi rápida e violentamente debelada, com a prisão de milhares de pessoas, entre comunistas, militares e até deputados, senadores e, inclusive, o prefeito do Distrito Federal, Pedro Ernesto Batista.

A chamada revolta comunista forneceu forte pretexto para Vargas fechar o regime. Esse processo culminou com o golpe de Estado , em 10 de novembro de 1937, quando instituiu-se  uma ditadura no país, o chamado Estado Novo.

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